O estudo coordenado por especialistas em geofísica apontou que o Nordeste pode enfrentar terremotos de média a alta magnitude nas próximas décadas. Segundo os pesquisadores, há 50% de chances de ocorrerem eventos sísmicos com magnitudes entre 4,7 e 5,1 na Escala Richter. A previsão coloca em alerta as estruturas civis do território.
Com dados coletados pelo Catálogo Sísmico Brasileiro (SISBRA) e pela Rede Sismográfica Brasileira (RSBR), pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte e da Academia Polonesa de Ciências preveem um aumento na frequência de eventos sísmicos significativos na região.
Terremotos mais intensos, que podem atingir entre 5,5 e 6,2 na Escala Richter, apresentam menores probabilidades, mas suas consequências seriam devastadoras, especialmente para grandes obras, como barragens e instalações industriais. A necessidade de construções mais resilientes é evidente para salvaguardar tanto a economia quanto as vidas humanas.
Histórico de sismos no Brasil mostra que, mesmo com magnitudes moderadas, eles já causaram danos significativos, como os observados em João Câmara (RN) em 1986 e em Caraíbas (BA) em 1990. Esses eventos, ainda que menos intensos do que os previstos, resultaram em prejuízos substanciais.