Começou nesta segunda-feira (12), a greve dos motoristas de ônibus do Grande Recife. Com a interrupção dos serviços, passageiros que dependem de ônibus na Região Metropolitana enfrentam dificuldades para se deslocar e chegar aos compromisso.
Este é o primeiro dia da greve dos rodoviários, que reinvidicam 5% de aumento real, o fim da jornada de trabalho pelo GPS, a implantação de um plano de saúde para a categoria e que a dupla função suba para R$ 500.
Com poucos ônibus circulando, longas filas se formaram nos principais terminais da região. No Terminal Integrado de Igarassu, no Grande Recife, que conta com linhas de ônibus e BRTs, alguns passageiros passaram mais de uma hora a espera do coletivo.
Em Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife, algumas pessoas também relataram a demora dos coletivos.
No Terminal Integrado da Joana Bezerra, no centro do Recife, as filas são enormes. O local é atendido por 11 linhas, que suprem mais de 40 mil usuários.
Segundo o Sindicato dos Rodoviários, apenas 23% das frotas de ônibus da Região Metropolitana do Recife estão circulando.
“Até as 6h, apenas 23% da frota estava em operação, comprometendo o direito de ir e vir e causando transtornos para a população”, informou uma nota divulgada pela entidade patronal.
Ainda segundo a Urbana-PE, a atitude do Sindicato dos Rodoviários “descumpre tanto a determinação de frota mínima de 70% estabelecida pelo Grande Recife Consórcio de Transporte quanto a Lei 7.783/89, a lei de greve”.
Em vídeo nas redes sociais, o Sindicato dos Rodoviários afirma que tentou acordo e a PM está usando de “truculência”.
O presidente do Sindicato dos Rodoviários, Aldo Lima, afirma que a greve é por tempo indeterminado e que haverá mobilização e manifestações durante todo o dia.
Urbana-PE vai acionar a Justiça do Trabalho
Por meio de nota, a Urbana-PE informou que, na madrugada desta segunda-feira (12), o Sindicato dos Rodoviários bloqueou as garagens de todas as empresas de ônibus do Sistema de Transporte Público de Passageiros da Região Metropolitana do Recife, impedindo a circulação da frota e o trabalho dos profissionais que não desejam aderir à greve.
“Alertamos que os bloqueios contam com o envolvimento direto de grupos políticos e pessoas de outros Estados, sem relação com a categoria local dos rodoviários”, acrescenta o comunicado.