O Tribunal de Contas de Pernambuco (TCE-PE) multou o ex-prefeito de Tamandaré, Sergio Hacker, por usar dinheiro da prefeitura para pagar trabalhadoras domesticas que atuavam em suas casas.
Entre elas estão Mirtes Renata Santana de Souza e Marta Maria Santana Alves, respectivamente mãe e avó do menino Miguel, que morreu depois de cair do prédio de Hacker. Em sua defesa, o ex-prefeito acusou a equipe de auditoria de “parcialidade” e afirmou que se inspirou em municípios “que destinam imóvel para residência oficial do prefeito”
Em 2020, Miguel despencou do 9º andar do edifício Pier Maurício de Nassau, no Centro do Recife, prédio em que morava a família de Sérgio Hacker. O menino estava sob os cuidados da esposa do ex-prefeito, Sari Mariana Costa Gaspar Corte Real. Ela deixou o menino sozinho no elevador e apertou o botão da cobertura
Além da mãe e da avó de Miguel, uma auditoria do TCE identificou uma terceira comissionada que trabalhava como empregada em uma casa de praia do prefeito. A auditoria foi fruto de uma denúncia feita ao tribunal.
As três foram exoneradas no dia 5 de junho de 2020, três dias depois da morte de Miguel, que aconteceu no dia 2 de junho. As exonerações aconteceram depois da publicação das primeiras reportagens sobre as nomeações de Mirtes e da mãe dela como servidoras do município.
A decisão da primeira turma do TCE afirma que, além da “existência de servidores recebendo remuneração do município para prestar serviços pessoais ao prefeito”, foram identificados “servidores recebendo remuneração sem prova de efetiva prestação de serviço”.
Fonte: G1 PE