Passado o resgate das vítimas do desabamento do bloco D7 do Conjunto Beira-Mar, no bairro do Janga, na cidade do Paulista, entra para a história mais uma tragédia anunciada entre os prédios caixões condenados na Região Metropolitana do Recife (RMR). Imóveis abandonados para serem reocupados por quem não tem onde morar e arrisca a vida para não ter que ver os seus ao relento. Catorze vidas perdidas. Famílias traumatizadas.
Entra também para a história de Pernambuco a braveza das forças de resgate que não mediram esforços para realizar o melhor trabalho para salvar vidas. Os repórteres-fotográficos do Diario registraram a intensidade dos dois dias de buscas, separados por uma madrugada que parecia não ter fim.
Bombeiros militares e civis, funcionários da defesa civil, do Instituto Médico Legal, das polícias civil e militar, profissionais de saúde do Serviço Móvel de Atendimento de Urgência (Samu) e uma rede imensurável de voluntários. Centenas de pessoas que pararam suas vidas para acompanhar as outras vítimas dessa tragédia: parentes e amigos que sobreviveram.
Gente desesperada em busca de informação que recebeu um abraço, uma palavra de consolo. Voluntários que se reuniram para orar na madrugada, que prepararam e distribuíram lanches e refeições para quem estava trabalhando. Vizinhos que abriram suas casas para criar um espaço de descanso, liberaram os banheiros e distribuíram copos de água.
Com informações do Diario de PE / Rômulo Chico/DP