Motoristas de aplicativos como Uber e 99 vão entrar em greve na próxima segunda-feira (15) em todo o Brasil. A categoria reivindica melhores condições de trabalho e repasses mais altos nas tarifas das corridas.
A paralisação, estimada para durar 24 horas, é de iniciativa da Federação dos Motoristas Por Aplicativos do Brasil (Fembrapp) e da Associação de Motoristas de Aplicativos de São Paulo (Amasp). As entidades calculam que 70% dos profissionais da categoria em todo o país devem aderir à greve. Além disso, os profissionais solicitam tarifa mínima de R$ 10.
Nas redes sociais, alguns motoristas confirmam a adesão à paralisação e reafirmam a necessidade de condições melhores para o trabalho. Outros, entretanto, dizem que precisam pagar as contas e não poderão ficar um dia sem receber pelas corridas.
O presidente da AMAPE e diretor de políticas públicas da FEMBRAPP, Thiago Silva, também conhecido como Professor Thiago, afirma que a adesão está maior do que em todos os outros movimentos realizados no país. “A paralisação está gigante. Entregamos 300 adesivos em menos de 2 horas e grande parte dos motoristas e entregadores já disseram que vão parar e manifestar sua insatisfação através das redes sociais. Uma viagem hoje não paga nem um litro de leite”, disse.
O ato, também terá um formato inovador: invés de carreatas em marcha lenta e protestos nas sedes das empresas , os motoristas e entregadores irão aproveitar o tempo livre para ficar com a família, fazer a revisão do veículo ou simplesmente descansar.
Silva detalha os principais pedidos da categoria. “A gente defende a tarifa mínima de R$ 10, para corridas de até três quilômetros além do reajuste do valor repassado ao motorista para R$ 2 por quilômetro rodado. Não é justo as plataformas ficarem com até 60% do valor de uma viagem, banir o motorista injustamente e ainda por cima, colocar no carro uma pessoa que a gente sequer conhece”, sentenciou.