O Pix tornou-se o principal instrumento de pagamentos utilizado pelos brasileiros. De acordo com relatório divulgado nesta quarta-feira (31/5) pelo BC, o sistema de pagamentos instantâneos aumentou sua participação no mercado e atingiu 29% de todas as transações registradas em 2022, contra 16% do total em 2021.
O relatório indicou, ainda, que os brasileiros usam cada vez menos o dinheiro em espécie para fazer pagamentos do dia a dia, registra a Agência Brasil. E, como resultado da crescente digitalização da economia, 79% das transações financeiras foram feitas por celular em 2022, ante 69% no ano anterior. Em 2019, esse percentual era de apenas 28%.
Em 2019, os saques de dinheiro em caixas eletrônicos e agências somaram R$ 3 trilhões. Em 2020, o total caiu para R$ 2,5 trilhões e para R$ 2,1 trilhões, em 2021 e 2022. Já as transações por meio do Pix somaram R$ 180 milhões em 2020, subindo para R$ 9,43 bilhões no ano seguinte e para R$ 24,05 bilhões em 2022.
Segundo o estudo, em relação ao valor médio das operações “há uso preponderante do Pix e dos cartões (especialmente o pré-pago) nas transações de valor mais baixo, indicando seu papel importante na inclusão financeira, deixando as transferências tradicionais como principais opções para transações corporativas, de valores substancialmente mais altos”.
“Nesse sentido, é razoável supor que o Pix e os cartões representaram importante papel na digitalização de camadas mais amplas da população”.
O BC também observou crescimento “expressivo da quantidade de transações com cartões de débito e pré-pago”, influenciado pela expansão de instituições financeiras.