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Os servidores da Educação de Pernambuco paralisaram as atividades nesta segunda-feira (9) em protesto contra o impasse na votação do Projeto de Lei Complementar (PLC) nº 2968/2025, que prevê reajuste de 6,27% no piso salarial dos professores da rede estadual. A medida é uma forma de pressionar os deputados da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) a colocarem o projeto em votação após duas tentativas frustradas por falta de quórum.
Na mesma data da paralisação, o presidente da Alepe, Álvaro Porto (PSDB), se reunirá com representantes do Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Pernambuco (Sintepe), na sede do Legislativo. Segundo ele, o projeto é um passo essencial para a valorização dos profissionais da educação. O texto prevê um novo piso de R$ 4.867,77, válido desde janeiro, além de reajustes nas faixas de progressão da carreira a partir de junho.
O PLC é fruto de negociações entre o sindicato e o Governo do Estado, que se arrastam desde fevereiro. Em reunião recente no Palácio do Campo das Princesas, a governadora Raquel Lyra (PSDB) declarou que vem mantendo diálogo com o Legislativo e garantiu que, se necessário, uma folha extra será emitida para assegurar o pagamento retroativo do reajuste aos professores ainda em junho.
Mesmo após passar pelas comissões competentes, o projeto enfrenta resistência da própria base governista na Alepe, que tem dificultado sua tramitação ao não garantir o quórum necessário.