A ministra do Planejamento, Simone Tebet, confirmou nesta terça-feira (8) que o salário mínimo previsto para 2026 será de R$ 1.630, conforme indicado na proposta da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) apresentada à Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional, em Brasília.
Segundo Tebet, o reajuste representa o maior ganho real dos últimos 50 anos, pois segue a política de valorização que considera a inflação (IPCA) e o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). O aumento é de 7,37% em relação ao valor atual, que é de R$ 1.518, mas a definição final depende do IPCA de novembro.
A ministra ressaltou que cada R$ 1 de aumento no salário mínimo gera impacto de cerca de R$ 420 milhões nas contas públicas, já que benefícios como aposentadorias, pensões e abonos seguem o valor do piso nacional.
“O próximo ano será desafiador para o equilíbrio fiscal”, afirmou Tebet, ao comentar as pressões sobre o orçamento.
A proposta da LDO para 2026 mantém a meta de superávit primário de 0,25% do PIB, o que representa cerca de R$ 34,3 bilhões. O governo projeta uma margem positiva de R$ 3,9 bilhões em relação à meta. O texto também prevê superávits crescentes nos anos seguintes: 0,5% do PIB em 2027, 1% em 2028 e 1,25% em 2029.