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Nesta quarta-feira (13), o Sindicato dos Metroviários de Pernambuco (Sindmetro-PE) realiza uma Assembleia Geral Extraordinária, às 18h, na Praça de Greve (Estação Central do Metrô), para reforçar a luta contra a privatização do Metrô do Recife e exigir do governo federal mais investimentos na recuperação e modernização do sistema.
A assembleia acontece às vésperas da visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à capital pernambucana, marcada para esta quinta-feira, 14 de agosto, e será o ponto de partida de uma forte mobilização nacional.
Desde maio, a categoria permanece em estado de greve, o que deve continuar ao longo do processo de concessão do Metrô do Recife à iniciativa privada.
Como os metroviários já estão em estado de greve, que funciona como uma advertência, há a possibilidade de que uma paralisação imediata seja decretada ao fim da assembleia, mesmo sem o aviso prévio de 72h. Lula chegará ao Recife na quinta-feira (14), quando participará do anúncio de investimentos do Governo Federal para periferias, favelas e comunidades urbanas.
Em maio, o Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (CPPI), do Ministério das Cidades, autorizou a concessão da gestão, operação e manutenção de toda rede metroviária do Grande Recife para a iniciativa privada. O processo deve acontecer por licitação conduzida pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Atualmente, o Metrô do Recife é gerido pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), e sofre constantemente com paralisações por problemas técnicos e estruturais. O sucateamento do sistema metroviário do Grande Recife é um dos pontos que a categoria deve tentar apresentar ao presidente Lula durante a agenda na capital.
A categoria anunciou que lançará oficialmente hoje uma campanha nacional de mídia exterior em defesa do metrô público. Luiz Soares, presidente da FENAMETRO e do Sindmetro-PE, reforça que o metrô cumpre uma função social essencial na mobilidade urbana e precisa de investimento público, não de entrega à iniciativa privada: “O metrô é parte vital da integração do transporte público e precisa de investimentos para garantir qualidade, segurança e eficiência. Privatizar significa colocar o interesse privado acima da função social e do direito de ir e vir da população”, afirma.