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O Nordeste do Brasil pode perder R$ 16 bilhões ao ano com a tarifa de 50% anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre produtos brasileiros, segundo dados da Coordenação de Estudos, Pesquisas, Tecnologia e Inovação da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene).
Quarto maior exportador da região para o país norte-americano no ano passado, Pernambuco sofrerá impactos diretos caso a tarifa seja efetivamente aplicada a partir de 1º de agosto. O estado importa diversos produtos para os Estados Unidos, como frutas, açúcar, álcool e chapas metálicas.
No ano passado, Bahia, Maranhão, Ceará e Pernambuco protagonizaram as exportações para os norte-americanos, sendo responsáveis por US$ 2,5 bilhões, aproximadamente R$ 14 bilhões. Este ano, até o mês de junho, a pauta de exportações da região para os Estados Unidos somou US$ 1,58 bilhão, o equivalente a R$ 8,7 bilhões, sendo o principal exportador o Ceará, seguido por Bahia e Maranhão.
O superintendente da Sudene, Danilo Cabral, vê a medida como prejudicial a ambos os lados, não só para Pernambuco. “Não há ganhadores. O mercado nordestino importou quase R$ 33,5 bilhões em 2024 em produtos norte-americanos. Aplicando a reciprocidade, os EUA têm bem mais a perder do que a ganhar”, ressaltou.