O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) marcou para 22 de junho o julgamento de ação contra o ex-presidente Jair Bolsonaro que pode torná-lo inelegível.
A ação investiga possível abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação por parte de Bolsonaro em reunião com embaixadores em julho de 2022, em que o então presidente desfere, sem provas, ataques contra o sistema eleitoral e as urnas eletrônicas. O caso foi aberto pelo PDT e é o mais avançado na justiça.
O Ministério Público Eleitoral (MPE) se manifestou a favor da inelegibilidade do ex-presidente. A manifestação, assinada pelo vice-procurador-geral eleitoral, Paulo Gustavo Gonet Branco, foi entregue em abril ao TSE.
Segundo o Ministério Público, Bolsonaro colocou em dúvida a lisura do sistema eleitoral sem apresentar provas e acusou, sem embasamento, as urnas eletrônicas de serem fraudadas.
Ao longo do processo, a defesa de Bolsonaro tem alegado que a postura do ex-presidente não significa que ele seja contra as regras do jogo eleitoral e nem que ele atue contra a democracia.
Bolsonaro chegou a ser condenado em setembro do ano passado pelo TSE a pagar multa de R$ 20 mil por propaganda eleitoral antecipada em razão da mesma reunião com embaixadores.
O ex-presidente responde a outras 15 ações no TSE que podem, em último caso, torná-lo inelegível.