O Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus (C3S), a agência europeia do clima, divulgou nesta terça-feira (9) que o ano de 2023 foi o mais quente já registrado.
O documento revela um aquecimento brutal, muito maior do que o suposto, com todos os recordes diários, mensais e anuais quebrados. E é dado como certo que 2024 será ainda mais tórrido, com recordes de temperatura manifestados em extremos climáticos.
O maior assombro dos cientistas foi constatar que mais de 50% dos dias de 2023 estiveram 1,5 grau Celsius acima dos níveis de 1850-1900. Dois dias de novembro chegaram a 2C. E, pela primeira vez, todos os dias do ano excederam em pelo menos 1C as temperaturas do período pré-industrial.
A temperatura média da Terra em 2023 foi 1,48 grau Celsius acima do período pré-industrial, de 1850-1900, muito perto do 1,5C estabelecido pelo Acordo de Paris como o limite para evitar mudanças catastróficas e previsto para não antes de 2030.
A vice-diretora do Copernicus, Samantha Burguess, disse em comunicado que em 2023 “as temperaturas excederam as de qualquer período em, pelo menos, 100 mil anos”.
A média da temperatura global foi de 14,98C. Isso é 0,17C acima da até então maior temperatura global, a de 2016, que era o ano mais quente da História. Parece pouco, mas a conta leva em consideração desde os dias quentes de verão ao auge do frio do inverno nos polos.