Por 30 votos favoráveis e 15 contrários nas duas votações, os deputados estaduais aprovaram, nesta terça-feira (27), o Projeto de Lei 712/2023, do governo de Pernambuco, que institui o novo piso dos professores. Para ser aprovado, o projeto precisara de 25 votos.
O projeto enviado pela governadora Raquel Lyra (PSDB) atualiza o piso do magistério para professores efetivos e temporários. Com a aprovação do texto, o piso da categoria ficou fixado em R$ 4.420,55, para uma jornada de 200 horas/aula mensais.
O projeto no entanto, atende, apenas, cerca de 6 mil profissionais, deixando sem reajuste mais de 52 mil servidores da Secretaria de Educação, entre eles os aposentados.
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe), disse que vai realizar uma assembleia em 5 de julho para analisar a possibilidade de decretação de greve da categoria.
O deputado João Paulo Costa (PCdoB) um dos que votaram contra o projeto, se posicionou afirmando que a PL tinha condições de atender todos os professores, e não apenas 6 mil. “Não existe educação de qualidade se a valorização do profissional de educação”, disse.
Por meio das redes sociais o deputado postou um trecho do seu discurso na Alepe e escreveu: “Votei em defesa dos professores e da educação! A valorização dos professores é o primeiro passo para garantir uma educação de qualidade! Nosso mandato se posicionou, desde o início, em defesa do diálogo e de um Projeto negociado que pudesse contemplar todos os profissionais da educação. Nossa luta continua, vamos continuar cobrando do Governo o reajuste também para os mais de 52 mil profissionais que, infelizmente, ficaram de fora desse Projeto”.