A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, divulgada nesta quarta-feira (7) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostrou um dado preocupante: Pretos, pardos e idosos são os grupos com mais analfabetos em Pernambuco.
O levantamento mostra que, ao todo, 833 mil pernambucanos chegaram ao final de 2022 sem saber ler e escrever. Entre os pretos e pardos, a taxa é de 12,1%; no grupo dos idosos, 30,1% são analfabetos.
Segundo o estudo, quanto mais velho o grupo populacional, maior a proporção de analfabetos. No Estado, quase um terço (32,9%) dos habitantes de 60 anos ou mais, ou seja, 458 mil pessoas, não sabiam ler nem escrever em 2019. Houve, inclusive, um aumento de 2,7 pontos percentuais em relação ao ano anterior, já que, em 2018, 30,2% da população dessa faixa etária era analfabeta. A pesquisa também dispõe desse indicador para a Região Metropolitana do Recife: na localidade, 5,5% da população de 15 anos ou mais era analfabeta em 2019; o número aumenta para 15,9% quando se trata de pessoas acima de 60 anos.
Pessoas de cor preta ou parda tem percentual maior de analfabetismo que de cor branca. Tanto em 2019 quanto no ano anterior, 9% das pessoas de 15 anos ou mais de cor branca eram analfabetas, percentual que se eleva para 13,3% entre pessoas de cor preta ou parda. No grupo etário de 60 anos ou mais, a taxa de analfabetismo das pessoas de cor branca alcança 24% e, entre as pessoas pretas ou pardas, amplia-se para 37,3%.