Foto: reprodução da PF
O Pará, Estado em que os dois fugitivos da Penitenciária Federal de Mossoró (RN) foram recapturados nesta quinta-feira (4), assistiu a um avanço do crime organizado nos últimos anos. A região é vista como um espécie de “corredor de exportação” da cocaína que chega de países como Peru e Colômbia à Amazônia.
O recrudescimento da violência por lá se deve principalmente à atuação do Comando Vermelho (CV), soberano na região metropolitana de Belém, e do Primeiro Comando da Capital (PCC), que tem se aliado a facções menores, como Comando Classe A e Revolucionários do Amazonas, para avançar pelo sul do Estado.
Após 50 dias de buscas, Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento foram encontrados em Marabá, no Pará, a 1,6 mil quilômetros de Mossoró. Eles haviam escapado do presídio federal em 14 de fevereiro e desde então eram procurados por forças federais e estaduais na região. Ambos são ligados ao Comando Vermelho.
Pesquisadores afirmam que, enquanto o Amazonas é visto como a grande porta de entrada das drogas que vêm de Peru e Colômbia (com destaque para o escoamento pelo Rio Solimões), o Pará é um “corredor de exportação”, uma vez que o Estado tem portos, como o de Vila do Conde, em Barcarena, com grande capacidade de envio de carregamentos para África e Europa.
Nesta quinta-feira, 4, a Polícia Federal cumpriu 15 mandados de prisão e 30 de busca e apreensão em seis cidades paraenses e em outros sete Estados do País no âmbito da Operação Oceano Azul .
Os criminosos, que possuem condenações que somam mais de 100 anos, foram transferidos para Mossoró no fim de setembro do ano passado.
Com informações da Folha PE