A Operação Integration desvendou um esquema sofisticado envolvendo grandes quantias de dinheiro e personalidades como o cantor Gusttavo Lima e a influenciadora Deolane Bezerra. Segundo as investigações, a ação criminosa envolvia a contratação de influenciadores digitais por casas de apostas esportivas na internet, as “bets”.
As investigações da Polícia Civil de Pernambuco, que começaram em 2024, apontam que a empresa de Gusttavo Lima teria encoberto cerca de R$ 4,9 milhões, originários da HSF Entretenimento Promoção de Eventos. A empresa também é acusada de ocultar a propriedade de uma aeronave Cessna Aircraft, modelo 560 XLS, que foi apreendida no dia 4 de setembro deste ano também em meio à Operação Integration.
Conforme as investigações, essa operação se deu nas negociações de venda do avião com a empresa J.M.J Participações Ltda (Vai de Bet), cujo sócio proprietário é José André da Rocha, que era considerado foragido, mas foi beneficiado com o habeas corpus concedido na segunda-feira (23).
Segundo o inquérito policial, para a realização da suposta transação, a empresa de Gusttavo Lima recebeu uma série de depósitos em sequência nos seguintes valores, totalizando R$ 22.232.235,53:
- 16 de fevereiro de 2024 – R$ 16 milhões
- 13 de março de 2024 – R$ 2 milhões
- 15 de março de 2024 – R$ 2 milhões
- 19 de março de 2024 – R$ 1,564 milhão
- 03 de junho de 2024 – R$ 1.113.204,55
- 01 de julho de 2024 – R$ 1.124.750,56, R$ 1.101.569,60 e R$ 11.327.778,58
A Balada Eventos e Produções Ltda. também é suspeita de ocultar recursos ilegais das empresas Sports Entretenimento Promoção de Eventos e Pix 365 Soluções Tecnológicas, de Darwin Henrique da Silva Filho – dono da Esportes da Sorte. Segundo a investigação, Gusttavo Lima guardou num cofre da empresa os seguintes valores:
- R$ 112.309
- 5.720 euros
- 5.925 libras esterlinas
- 1.005 dólares norte-americanos
Procurada, a defesa de Gusttavo Lima disse que a ordem de prisão é “injusta” e que vai provar a inocência dele.