O mês de junho traz um alerta importante aos brasileiros. O Junho Laranja é uma iniciativa que busca combater e prevenir acidentes por fogo e explosivos, conscientizando a população sobre a importância de adotar medidas preventivas contra as queimaduras. Este ano, a Sociedade Brasileira de Queimaduras (SBQ) adotou o slogan “Queimaduras. Na minha casa não!” como foco da campanha de prevenção a acidentes domésticos, visto que 70% dos casos com queimaduras ocorrem nesse ambiente. Também neste 6 de junho é celebrado o Dia Nacional de Luta contra Queimaduras, que reforça a importância da prevenção.
Na região Nordeste, entretanto, o assunto entra em evidência este mês com a tradição das festas juninas, quando a realização de fogueiras e o uso de fogos de artifício comemoram os santos da época – Santo Antônio, São João e São Pedro. Essas são as ocasiões mais frequentes para a ocorrência de queimaduras: “não é recomendado pular fogueira, uma vez que a pessoa pode cair e causar queimadura de até terceiro grau, e mesmo a morte, dependendo da extensão da lesão. Também é preciso tomar cuidado com os fogos de artifício, principalmente as crianças, uma vez que podem acontecer queimaduras graves e até mutilação de membros com a explosão dos fogos”, adverte Almir Lima, bombeiro civil do Hospital Miguel Arraes (HMA/FGH).
A unidade de saúde localizada em Paulista, na Região Metropolitana do Recife, fica em alerta para atendimentos nesse período. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 180 mil pessoas morrem, por ano, em consequência de queimaduras, que são a quinta causa mais comum de lesões não fatais na infância. No Brasil, as queimaduras causam cerca de 150 mil internações por ano, sendo que 30% das vítimas são crianças. De acordo com o coordenador de Ortopedia e Traumatologia do HMA, Adauto Telino, as queimaduras não fatais podem causar hospitalização prolongada, desfiguração e incapacidade, muitas vezes resultando em cicatrizes e deformidades. “O trauma provocado pode trazer graves consequências à vida do paciente, como sequelas permanentes que dificultam as simples tarefas do dia a dia, a exemplo das amputações e de lesões na visão e na audição. Tudo isso por um acidente que poderia ser evitado pelo simples fato de não manipular fogos de artifício ou de ter cuidados redobrados ao fazê-lo”, explica o especialista.
EM CASO DE QUEIMADURA
Primeiramente, deve-se lavar o local com água corrente por até 15 minutos. Devem ser retirados anéis e alianças. Depois disso, o local da queimadura deve ser envolto por um pano limpo. Imediatamente procurar atendimento médico.
O QUE NÃO FAZER:
A lesão limpa é fundamental para a avaliação médica após a queimadura. Por isso, não se deve colocar manteiga, pó de café, clara de ovo, creme dental, pomadas ou qualquer receita caseira. A vítima não deve tocar na área queimada, não deve furar as bolhas e nem retirar qualquer tipo de tecido aderido à pele queimada.
Com informações da Assessoria de Imprensa