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Após os resultado do primeiro turno das eleições na França, que aconteceram nesta domingo (30), milhares de pessoas em diversas cidades do país foram às ruas para manifestar contra a vitória da extrema-direita.
Segundo o Ministério do Interior francês, O partido de extrema direita Reunião Nacional (RN), de Marine Le Pen, saiu à frente no primeiro turno, com 33% dos votos. A Nova Frente Popular, um grande bloco de partidos de esquerda, ficou em segundo lugar, com 28% dos votos, e o bloco centrista do presidente francês, Emmanuel Macron, terminou em terceiro lugar, com 20% dos votos.
Na Praça da República, em Paris, mais de oito mil pessoas foram apoiar a Nova Frente Popular (NFP), e protestar contra a possibilidade do líder da extrema-direita, Jordan Bardella, vir a ser o primeiro-ministro francês na votação do segundo turno.
Os apoiadores da NFP se manifestaram com várias alusões aos anos 1940, no período da Segunda Guerra Mundial, contra o fascismo, e pedindo ao presidente francês que clarifique a sua posição e apele sem ambiguidades a uma “frente republicana”.
Na capital francesa, a polícia chegou a ser acionada para conter os manifestantes e lançaram granadas de gás lacrimogêneo, além de fazer detenções.
Depois da vitória inédita da extrema-direita do partido de Marine Le Pen, a França vive uma série de reações, reuniões e publicações nas redes sociais da esquerda e do centro, que faz apelos à união e mobilização para tentar reverter este resultado no segundo turno, marcado para a próxima semana.
O pleito desse domingo, teve recorde de participação em quase 40 anos — na França, o voto não é obrigatório — e concretizou o favoritismo do grupo político de Le Pen. O resultado seguiu o que projetaram pesquisas de intenção de votos.