Após a tragédia do último domingo, onde um micro-ônibus provocou a morte de cinco pessoas e deixou outras 29 feridas, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) instaurou, nesta segunda-feira (1°), um inquérito para apurar se houve omissão da Prefeitura do Jaboatão em relação às condições do transporte complementar.
De acordo com o o MPPE, o Inquérito Civil (IC) 02011.000.141/2024 foi instaurado por meio da Promotoria de Justiça de Transportes da Capital.
Foi dado um prazo de 15 dias úteis para que a Secretaria Executiva de Ordem Pública e Mobilidade (SEORP) do município de Jaboatão dos Guararapes preste seus esclarecimentos sobre o ocorrido no domingo (31), com um micro-ônibus da linha 118-Marcos Freire/Barra de Jangada; e de 30 dias úteis para que a Delegacia de Prazeres remeta cópia do resultado da perícia do veículo envolvido no acidente.
Em nota, a Prefeitura do Jaboatão informou que ainda não recebeu nenhuma notificação formal do Ministério Público acerca do assunto, mas que está à disposição para qualquer esclarecimento que se faça necessário.
No domingo (31), aconteceu a “Tragédia da Páscoa”, em que cinco pessoas morreram em mais de 20 ficaram feridas, na “Ladeira do Adelaide”.
O transporte complementar de Jaboatão é alvo de polêmicas e críticas.
Em Marcos Freire, moradores criticam a falta de veículos e a precariedade dos que operam normalmente na região.
Há queixas de micro-ônibus antigos e sem estrutura e, até mesmo, a falta de capacidade para subir ladeiras.
A Empresa Vera Cruz, que faz o transporte convencional no município, está sendo acompanhada pelas autoridades estaduais por causa das dificuldades em cumprir as obrigações.