Um aplicativo de mobilidade urbana que pretende melhorar a vida cotidiana das mulheres que utilizam esse tipo de serviço: o Lady Driver. Não só a vida das passageiras, mas das motoristas. No Grande Recife, já são 200 motoristas cadastradas e cerca de 7 mil mulheres já baixaram o aplicativo, em menos de um mês do lançamento. Em todo o Brasil, são quase 1,5 milhão de downloads do app e mais de 60 mil motoristas. Segundo a empresa, o Lady Driver é, atualmente, o 6º aplicativo de mobilidade mais procurado no Brasil. A solução chegou à Região Metropolitana do Recife (RMR), abrindo o sistema, inicialmente, para os municípios de Olinda e Paulista. O aplicativo Lady Driver já faz sucesso em vários Estados do Brasil e em mais de 200 cidades. E tem planos para se expandir no exterior.
Os dados são alarmantes sobre a violência contra as mulheres em veículos de aplicativos e outros transportes urbanos no Brasil: 97% das pessoas do sexo feminino (Dados da Agência Patrícia Galvão de Diretos das Mulheres) já passaram por constrangimentos, importunações e assédios em um carro de aplicativo ou transporte público. Os dados também demonstram que as mulheres correspondem a 85% do público dos aplicativos. Em seis anos de fundação da startup Lady Driver, nunca existiu um incidente envolvendo motorista e passageira dentro de um veículo da operadora, conforme dados internos da empresa.
Iris Freitas é a Embaixadora da marca na Região Metropolitana do Recife (RMR) e resolveu trazer esse conceito para Pernambuco: “O App é único no Brasil, traz segurança para todas as mulheres, crianças e idosos, proporciona renda para mulheres que desejam ter sua independência, chegando a R$ 6 mil mensais”, argumenta.
Somente a mulher pode chamar a motorista, caso ela esteja acompanhada, o parceiro pode ir junto, e terá que descer juntos, ou antes (no caso do homem). Não há restrição para a quantidade de homens, só é preciso cumprir a regra máxima de ocupantes no veículo.
Outro diferencial do Lady Driver é que a empresa tem autorização para transportar crianças de 8 a 16 anos e idosos acima de 65 anos, “nossas motoristas são treinadas e são constantemente capacitadas para atender crianças, adolescentes e idosos”, esclarece Íris Freitas. Porém, a motorista pode optar em não aceitar homens, sejam crianças ou adolescentes.
Inclusão do público transsexual: outro aspecto positivo do aplicativo de mobilidade urbana, é que ele também aceita pessoas transsexuais, quando são devidamente registradas pelo nome social. “O ganho é grande para as pessoas trans. O Brasil bate recordes de violência contra esse público. A Lady Driver é um sistema que tende a ajudar o transsexual”, informa Íris.
Impactos sociais e econômicos: a mulher pode ter renda de até R$ 6 mil, de forma mensal, sendo uma motorista parceira.
Com as mudanças sociais e culturais na sociedade, as mulheres contribuem cada vez mais com a renda doméstica. Em muitos casos, ela é a única provedora do sustento do lar.
“Mulheres desempregadas e com carro em casa e gostariam de fazer renda extra ou até mesmo principal, podem usufruir de ser uma motorista parceira do Lady Driver. Os ganhos podem chegar a R$ 6 mil, dependendo do seu grau de comprometimento e disponibilidade de tempo”, informa Íris Freitas.
Íris complementa: “O Lady Driver é o aplicativo que melhor remunera a motorista. O percentual é de 75%, podendo trabalhar por agendamento e liberdade de tempo. Nada impede que a mulher preste serviço para outras operadoras”, diz.
A mulher com o CPF negativado no SPC ou Serasa poderá realizar o cadastro normalmente.
Perfis
Perfil da motorista mulher
Não faz acepção de pessoas. Quer ter a sua independência financeira, liberdade de horários, segurança e carrega o perfil empreendedor.
Perfil da usuária
São mulheres que saem para baladas e querem ter segurança, mãe que não consegue deixar e pegar filhos na escola, mulheres que usam app para trabalhar.
Histórico – Na cidade de São Paulo, em 2017, Gabryella Corrêa, fundadora da Lady Driver, teve a ideia de criar o app quando sofreu assédio em um carro de aplicativo. Neste sentido, Gabryella buscou por soluções de condução que fossem apenas mulheres dirigindo para mulheres, e por não ter, ela decidiu criar uma startup, e assim surgiu a Lady Driver.