Os planos de saúde empresariais deverão ter um reajuste médio de 25% este ano. A modalidade, que representa 70% do setor, terá aumento equivalente a quatro vezes a taxa da inflação, informa o Valor Econômico. Apesar de manter a mesma variação do ano anterior, a taxa segue alta. Os aumentos de 2023 e 2024 foram os maiores registrados desde 2018.
De acordo com o estudo da Aon, um dos motivos que puxou o reajuste foi o aumento do custo médico, com uma variação média de 14% em 2023, praticamente repetindo o percentual de Além do aumento nos custos e no volume de procedimentos médicos realizados, o último reajuste é explicado por um outro componente. Há planos de saúde com preços incompatíveis com o atual nível de despesas médicas e as operadoras estão aplicando majorações expressivas para compensar a diferença.
Em 2022, o setor teve um incremento de cerca de 1,3 milhão de novos usuários, mas amargou prejuízo operacional de cerca de R$ 10 bilhões. Nos nove primeiros meses de 2023, as operadoras ganharam cerca de 750 mil novos clientes, mas tiveram prejuízo operacional de R$ 5,1 bilhões. Ou seja, é a metade do prejuízo e do volume de novos usuários apurados ao longo de 2022. O aumento na base de usuários foi puxado, principalmente, pelos planos de saúde voltados à pequenas e médias empresas (PME), cujo preço inicial é menor e, em boa parte dos casos, adquirido por pessoas físicas que têm um CNPJ.
O número de contratos de convênios médicos com até cinco vidas disparou 75% desde 2020. Essa modalidade teve reajuste de até 25% em 2023, sete pontos percentuais acima do aplicado em 2019. Os planos de saúde vigentes antes da pandemia tiveram reajustes em patamares mais baixos e até queda de preço em 2021. O aumento aplicado no ano seguinte não compensou totalmente as despesas médicas.