Morreu, aos 92 anos, Mário Jorge Lobo Zagallo, um dos maiores nomes da história do futebol. O anúncio foi feito no perfil de uma rede social do tetracampeão. A causa da morte não foi divulgada.
Um pai devotado, avô amoroso, sogro carinhoso, amigo fiel, profissional vitorioso e um grande ser humano. Ídolo gigante. Um patriota que nos deixa um legado de grandes conquistas”, diz a nota.
“Agradecemos a Deus pelo tempo que pudemos conviver com você e pedimos ao Pai que encontremos conforto nas boas lembranças e no grande exemplo que você nos deixa”, prossegue.
Zagallo deixa seis filhos: Maria Emilia de Castro Zagallo, Paulo Jorge de Castro Zagallo, Mário César Zagallo, Maria Cristina de Castro Zagallo. Sua esposa, Alcina de Castro, com quem foi casado por 57 anos, Alcina, havia morrido em 2012.
Trajetória multicampeã
Zagallo foi o único futebolista tetracampeão da Copa do Mundo. Nascido em Atalaia (AL), atuava como ponta-esquerda e começou nas categorias amadoras do America-RJ. No clube do coração, conquistou seu primeiro título, o Campeonato de Amadores do Rio de Janeiro. Também conquistou o Torneio Início do Campeonato Carioca, em 1949.
Um ano depois, foi transferido ao Flamengo. Pelo Rubro-Negro, foi tricampeão do Carioca, entre 1953 e 1955. Mas, logo após a Copa do Mundo de 1958, assinou com o Botafogo, onde conquistou dois títulos estaduais, a Taça Brasil e atuou ao lado de Garrincha, Didi e Nilton Santos.
Os títulos pelos clubes cariocas chamaram a atenção e os olhares da Seleção Brasileira a Zagallo, que atuou na conquista das Copas de 1958 e 1962. O ponta-esquerda era conhecido pela velocidade, inteligência tática e deslocamentos rápidos.
Aposentadoria e carreira como treinador
Zagallo pendurou as chuteiras em 1966 e iniciou a carreira como técnico nas categorias de base do Botafogo. Com passagens como treinador pelo Glorioso e pelo Flamengo, o Velho Lobo, como passou a ser conhecido posteriormente, também treinou o Vasco da Gama, o Fluminense, Bangu, Portuguesa e o Al-Hilal, da Arábia Saudita.
A relação de Zagallo com a Seleção Brasileira também teve sequência após a aposentadoria como jogador. O treinador comandou a Canarinho nas conquistas de 1970 e 1994, título este que o sagrou como o único tetracampeão da Copa do Mundo. Seu último trabalho foi em 2006, como parte da comissão técnica de Carlos Alberto Parreira.
Imagem: Divulgação